Casas irregulares construídas por presos são demolidas no Curado

Antônio Assis
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Anexo estava localizado em uma área isolado do resto da unidade prisional (Foto: Seres/Divulgação)

G1 PE

A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) desativou o anexo P do Presídio Juiz Antônio Luís Lins de Barros (PJALLB), localizado no Complexo Prisional do Curado, Zona Oeste do Recife. A estrutura tinha 50 moradias construídas irregularmente pelos detentos. Os barracos foram demolidos por uma retroescavadeira.

A ação do governo do estado ocorreu na quinta-feira (3), mas só foi divulgada na manhã desta sexta-feira (4). As moradias construídas sem planejamento eram de alvenaria e abrigavam 180 detentos.

O conjunto de barracos integrava uma área conhecida dentro do presídio como "Minha cela, minha vida" ─ nome inspirado no programa federal Minha Casa, Minha Vida. Para viver no barraco, o preso precisava pagar um "aluguel".

O anexo estava localizado em uma área isolada do resto da unidade prisional, dificultando sua supervisão. Segundo a seres, a situação teria saído do controle dos agentes penitenciários.

Com uma superpopulação carcerária, o Complexo do Curado registra uma série de tumultos e cenas de violência. De acordo com a pasta, a segurança dos servidores e dos presos estava comprometida. O Complexo abriga mais de 7 mil detentos, embora tenha capacidade para, no máximo, 1,8 mil.

Dos 180 presos que ocupavam as instalações, dez foram transferidos para outras unidades prisionais da Região Metropolitana do Recife. Os demais acabaram sendo realocados em pavilhões do presídio.

A ação contou com agentes penitenciários, do Grupo de Operações e Segurança (Gos), da Superintendência de Segurança Penitenciária (SSPEN), das gerências de Inteligência e Segurança Orgânica (Giso) e de Arquitetura e Engenharia (GAE). Foi necessário ainda o apoio do Batalhão de Choque e da Empresa de Limpeza Urbana (Emlurb).

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