Obras vitrines do PSB marcadas por problemas

Antônio Assis
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A Arena de Pernambuco, localizada em São Lourenço da Mata, é protagonista da exposição da cúpula do PSB no Estado
Foto: Ashlley Melo/JC Imagem

JC Online

Na época em que se dizia que Pernambuco crescia em "ritmo chinês", várias grandes obras foram anunciadas no Estado. Contratos audaciosos, outros complexos, alguns inéditos e, todos, milionários. No centro de muitos negócios estava o Grupo Odebrecht, parceiro frequente do governo Eduardo Campos (PSB). Hoje, 78 executivos da empreiteira estão negociando o processo de delação premiada. No Estado, o governo enfrenta um duplo desgaste: o político pelas investigações no âmbito da Lava Jato e outro administrativo, pois algumas vitrines do PSB estão rachadas.

Obras que embalaram os sonhos presidenciais do ex-governador Eduardo Campos hoje se tornaram dor de cabeça para o sucessor Paulo Câmara (PSB), atingido frontalmente pela crise econômica e com os cofres vazios. Empreendimentos como as Parcerias Público-Privadas (PPPs) da Arena de Pernambuco e da Compesa (as duas com parceria com a Odebrecht), o presídio de Itaquitinga e os projetos de navegabilidade e corredores de BRT não saíram conforme o planejado e se tornaram um imbróglio para o governo, quer pelas estações de BRTs incompletas, quer pelos conflitos com os investidores de Itaquitinga.

Mas a Arena de Pernambuco, sem dúvida, é a protagonista da maior exposição da cúpula do PSB-PE. Na semana passada, a revista Istoé revelou que o governador Paulo Câmara, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, o senador Fernando Bezerra Coelho e o deputado federal Tadeu Alencar eram alvos de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por irregularidades no processo de construção do estádio. Um relatório da Polícia Federal aponta indícios de superfaturamento da ordem de R$ 42,8 milhões em valores de maio de 2009.

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