Na conta dos partidos que compõem, hoje, a aliança do governador Paulo Câmara, constam entre os detentores dos maiores tempos de TV, além do PSB, o PMDB, o PP, o PSD, o PR e o PDT. Na formação da chapa majoritária para 2018, um espaço para o Senado já está reservado aos peemedebistas, restando, assim, uma das vagas, destinadas à corrida pela Casa Alta, a ser ocupada. Há no próprio PSB nomes dispostos a concorrer a ela, o que abre a possibilidade de socialistas ocuparem uma “casa” a mais, além da cabeça de chapa. Há quem veja o nome, por exemplo, da ministra Ana Arraes como uma unanimidade, caso ela cravasse interesse em retornar à política, coisa que ela mesma não descarta. Não haveria, assim, segundo fontes palacianas, o que debater, nesse caso. Da mesma forma, pelo xadrez atual, não necessariamente, o PMDB seria obrigado a optar por um único quadro nessa composição. Ainda que, em política, não haja fato consumado, a permanência do vice-governador Raul Henry, na chapa, nos corredores do Palácio das Princesas, é vista como algo, praticamente, alinhavado, independente de o candidato à Casa Alta ser ou não o deputado federal Jarbas Vasconcelos, que já sinalizou disposição de disputar. Por outro lado, se uma formação incluindo o PSDB, visando à ampliação do arco, é colocada na balança como bem possível, no caso do DEM, as possibilidades são vistas como bem reduzidas. Nas coxias, predomina o seguinte entendimento: diferente do tucanato, que alega ter sido Aline Mariano uma indicação pessoal de Geraldo Julio para compor a administração da Capital, o Democratas fez uma indicação partidária e acabou lançando candidatura própria à prefeitura. “O DEM não foi correto. Nenhum governador aceitaria uma candidatura da base para concorrer com o próprio projeto eleitoral do partido”, sublinha uma fonte palaciana, eliminando, desde já, a possibilidade de o ministro Mendonça Filho vir a ser um personagem nessa equação. Pesa, nesse cálculo, ainda o tamanho da bancada do DEM, que fica atrás da do PR, do PSB, do PSD, do PSDB, do PMDB e do PP.
Compasso de espera
Partidos como o PDT e o PP ainda aguardam serem contemplados na rearrumação que será feita no governo Paulo Câmara. O PDT, no Governo do Estado, ficou com o Prorural já nos 45 do segundo tempo, assim como também foi contemplado na PCR, apenas em 2016, mas acabou vendo a secretaria extinta recentemente.
Fronteira > Com o retorno de Isaltino Nascimento à Alepe e a possibilidade de ele vir a ser o líder do governo, paira, ao mesmo tempo, uma preocupação, entre governistas, sobre a relação próxima demais dele com o presidente Guilherme Uchoa. Julga-se que o pedetista precisa saber que tem alguém lá mais ligado ao governo do que a ele.
Discagem... > O telefone do deputado federal Jarbas Vasconcelos tocou, ontem à tarde, e era um número de Brasília não identificado. Em tempo de recesso, pensou duas vezes, mas atendeu.
...direta... > “Aqui é Michel”, disse a voz do outro lado da linha. Era o presidente da República e queria agradecer os elogios que o deputado lhe fez durante entrevista recente à Rádio Jornal.
...à distância > “Várias pessoas disseram que você falou bem de mim”, relatou o presidente. “Fiz referências verdadeiras”, pontuou Jarbas. “Vamos almoçar ou jantar?”, convidou Temer, após o agradecimento. Jarbas acenou positivamente. “Ou você liga ou eu ligo”, encerrou o chefe do Planalto.
Fazendo escola > Na primeira semana como prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira anunciou que não haveria carro oficial para ele, vice e secretários, a fim de economizar. Depois dele, Lula Cabral e Geraldo Julio anunciaram corte dos carros oficiais. Mas só dos secretários. Antes, João Dória (SP) já havia colocado servidores para andar de táxi ou Uber.