PGR pede continuidade do inquérito contra presidente da República e outras autoridades

Antônio Assis
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Foto: Antonio Augusto/Secom PGR

Procuradoria-Geral da República - PGR

Para Janot, áudio dos colaboradores não contém mácula e inquérito se destina à produção de provas

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal, neste sábado, 20 de maio, manifestação na qual defende a continuidade do inquérito que investiga a prática de diversos crimes pelo presidente da República, Michel Temer, e outras autoridades com foro por prerrogativa de função. Janot acrescenta que não se opõe à perícia no áudio da conversa entre Temer e Joesley Batista, embora certo de que a gravação não contém qualquer mácula que comprometa a essência do diálogo.

Em petição protocolada no STF, Michel Temer pediu a suspensão do inquérito instaurado, até que se realize uma perícia no áudio dessa conversa. Em primeiro lugar, Janot destacou a flagrante contradição do pedido, "visto que o inquérito existe justamente para a apuração dos fatos e para a produção de evidências, dentre elas perícias técnicas".

O procurador-geral explica que a gravação passou por avaliação técnica de setor da Procuradoria-Geral da República que constatou que o material, em uma análise preliminar, é audível, inteligível e apresenta uma sequência lógica e coerente, com características iniciais de confiabilidade. "Ademais, a referida gravação é harmônica e consentânea com o relato da colaboração de pelo menos quatro colaboradores, a saber Joesley Batista, Wesley Batista, Ricardo Saud e Florisvaldo Caetano de Oliveira", diz.

Para Rodrigo Janot, a perícia deve ser realizada sem qualquer suspensão do inquérito, visto que este se destina justamente à produção de elementos probatórios.

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